(Capítulo Anterior)

A Praça
Contato Profundo




....... Assim que pagaram a conta, saíram da cafeteria. Eles viraram um para o outro e ficaram sem fala.
....... – O que vai fazer agora? – ele perguntou.
....... Eu... Não sei! Na verdade, eu estava pensando em passear em algum lugar. Não quero ir para casa agora. Se for, vou ficar sozinha. – Ela fez uma careta.
....... – Hum... Vem! – Ele puxou sua mão como havia feito antes, na cafeteria.
....... Ela, apenas se deixou levar. Gostava dele. Gostava de seu toque. O problema é que ela sempre foi muito desajeitada e acabou tropeçando por causa do ritmo rápido dos passos dele. Além de tropeçar, bateu sua cabeça no ombro do rapaz. Ele parou de andar um pouco e olhou para ela
, segurando o riso.
....... – A dor, a dor... Voa para looonge, através do céeeu... – Ela estava cantarolando e de olhos fechados com as mãos no lugar onde havia batido sua testa. – Voa para loonge! Voa para loooooonge! – Ela apontava para sua testa e para o céu, como se fosse passar a dor para ele.
....... – O que... Puff! O que é isso? – Ele se expressa entre milhões de risadas.
....... – Minha testa! Ficou doendo quando eu bati. Desculpe, eu sou tão desajeitada...
....... – Não tem problema. – Ele continuou com um enorme sorriso no rosto – Onde aprendeu essa musiquinha?
....... – Minha mãe canta todas as vezes que alguém se machuca.
....... – Engraçado... Ei! Veja... Sabe por que eu te trouxe aqui?
....... Ela olhou ao seu redor e se viu um lindo lugar que ainda não tinha reparado. Parecia uma pequena praça, mas não tinha ninguém. Era bastante arborizada. Ela simplesmente amou o lugar, tinha uma diversidade incrível de flores.
....... – Eu amo flores! Que lindas! Olhe estas cores... – Ela olhava maravilhada para os canteiros.
....... Ele ficou apenas observando-a. Vendo suas expressões enquanto mexia nas pequenas flores.
....... – Olha! Ainda não te mostrei o que realmente queria te mostrar. Vem cá.
....... Ela o acompanha até um pequeno canteiro, cercado por umas rodas de ferro.
....... – Sabe qual o nome dessa flor? – Ele aponta para uma linda flor branca dentro do cercado.
....... – É um lírio! Um lírio branco e lindo. Lírios são meus favoritos, sabia? – Ela estava fascinada.
....... – Combinam com você.
....... – Obrigada! – Ela sorri especialmente para ele.
....... Ele deu uns passos e ficou a poucos centímetros de distância da garota. Ela se assustou um pouco com a aproximação, mas não recuou. Lentamente, ele levantou sua mão direita, tirou a franja de cima da testa dela e deu um leve beijo. Tinha uma marca vermelha, onde havia batido em seu ombro. Ela ficou incrivelmente vermelha e queria incontrolavelmente tocar o rosto dele. Então lentamente, ela repetiu o gesto com a mão direita que o rapaz havia feito.
....... – Posso? – ela perguntou para saber se estava autorizada a tocar o rosto dele.
....... – Pode... – Ele ficou um pouco surpreso.
....... – Eu vou com cuidado. Sua pele parece tão frágil...
....... Ela passou seus polegares pela testa dele e acompanhou o desenho do nariz. Ele fechou os olhos apenas para sentir de melhor forma o toque suave. Ela passou seus dedos pelos olhos, pelas maçãs do rosto e delineou o formato de sua boca. Ele entreabriu um pouco. Ela tirou os dedos rapidamente de seu rosto e entrelaçou-os colocando para trás.
....... – Desculpe. – Ela estava com muita vergonha.
....... – Não precisa se desculpar. – Ele deu um sorriso brilhante, para deixá-la à vontade.
....... – Eu acho que já vou para casa... Minha mãe já deve ter chegado. – Ela falou pensativa.
....... – Então... Tchau! – Ele deu um beijo em sua testa e saiu andando rapidamente.
....... A garota ficou pasma. Ele era tão espontâneo. Era lindo, o jeito como agia. E ela, apenas... Confiava nele. Foi andando lentamente para casa. Constatou que não havia perguntado seu nome, não havia dito o seu próprio e não deixou nada seu com ele. Nenhum número, nenhuma informação. Ele seria apenas uma lembrança. Uma linda, doce e mágica lembrança... Sempre fascinante, como se fosse um sonho, um conto de fadas.
....... Ficaria gravada. E seu rosto... Jamais esqueceria aqueles olhos, tão penetrantes. Iria lembrar-se sempre daquele sorriso. Seu sorriso seria o sol ou a lua? Ofuscante, brilhante e quente como o sol. Radiante. Tranquilo, sereno e puro, assim como a luz da lua. Calmo.
....... Chegou em sua casa, abriu a porta e perguntou em voz alta se havia alguém. Nenhuma resposta. Supôs que estava só. Então, tomou um longo banho, colocou roupas leves e deitou-se. Em sua mente só havia a imagem dele. Misterioso e enigmático rapaz... Que consigo só deixou rastros de uma linda lembrança.
....... Decidiu pegar um dos doces que havia comprado logo mais cedo, na cafeteria. Quando abriu a bolsa, achou uma embalagem com jujubas e um papel enrolado. Dizia: “Ainda nos veremos por aí. Cuide-se.”
....... Ela sabia que o recado teria sido dele. Eles se veriam novamente. Quando? Como? A curiosidade lhe corroia por dentro. Então, ela apenas colocou sua música favorita no último volume e dançou pelo quarto, cantando desafinadamente e deixando-se ser toda em sorrisos e alegria.
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3 comentários:

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  2. kkkkkkkkkkkkkk (eu ri muito).
    E se eu te falar que isso é o fim da história?
    Polly, este capítulo foi muito especial para mim S2.
    Me apaixonei pela personagem. ^^

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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